segunda-feira, 16 de agosto de 2010

De volta ao futuro na natação

Neste domingo, o francês Frederick Bousquet ganhou a medalha de ouro na prova dos 50 m livre do Europeu de natação, disputado em Budapeste, na Hungria. Ele fez num tempo de 21s36, superando assim, a marca que Cielo havia feito em junho passado, 21s55, no Open de Paris. Para quem acompanha as competições de natação, e tendo visto a quebra do recorde mundial dos 50m em 2009 pelo brasileiro Cielo, em apenas 20s91, estes novos tempos, no mínimo, geram certa estranheza. Fazendo uma rápida conta, Cielo em 2009 percorreu os 50m da piscina com velocidade de 8,61km/h. No presente ano, apenas usando uma bermuda, sua velocidade caiu para 8,32km/h. Só para se ter uma idéia do que este decréscimo representa, e compreender o espanto dos torcedores, suponhamos: se pudéssemos visualizar dois atletas nadando na mesma piscina, cada um com as respectivas velocidades acima, veríamos que enquanto o mais veloz completa a prova o segundo ainda estaria à 1m49cm de distancia do primeiro. Quem iria desconfiar que após a proibição pela Federação Internacional de Natação (FINA), do uso dos supermaiôs em 2010, as referencias de tempos voltariam a época da sunga em 2000? Que efeito mágico e “anabolizador” estes supermaiôs promoviam? Esta é uma pergunta difícil de responder, e o pouco que se sabe sobre os supermaiôs não é suficiente para justificar tamanha defasagem nos tempos. A estréia oficial do uso dos maiôs pele de tubarão, como também são chamados por imitar a pele de tubarão, aconteceu nas Olimpíadas de Sydney em 2000. Dos quinze recordes quebrados naquela competição, treze vestiam este traje. Além da Speedo, pioneira na fabricação, muitas marcas passaram a pesquisar e produzir roupas cada vez mais eficazes. Guardado a sete chaves os segredos de seus ingredientes, os trajes são feitos de material elástico e com poucas costuras, são bastante justos ao corpo do atleta e tem o poder de repelir a água, favorecendo a diminuição do atrito. Alguns nadadores relatam que ele aumenta a flutuabilidade e diminui a fadiga muscular. Entre 2008 e 2009, por seis vezes os recordes mundiais dos 50m foram quebrados com os maiôs. Esta evolução se deu de forma tão rápida nunca vista antes, ao ponto da FINA entender que a tecnologia associada a essa vestimenta estava tirando o brilho da natação, e desde então, a proibiu nas competições.
De volta ao futuro ....na natação!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A bola de futebol do futuro

Muitos lances foram questionados quanto a correta arbitragem nesta Copa da África. A Em pleno século 21 a FIFA permanece recusando o uso de tecnologia nos gramados para decidir lances polêmicos. Até replay em telões dento dos estádios foram proibidos neste evento. Quem não lembra do jogo da Alemanha contra Inglaterra nas oitavas de finais quando ocorreu um dos lances mais injustos já vistos neste campeonato? O time inglês perdia o jogo por 2 a 1, quando Lampard chutou e a bola tocou o travessão, quicando rapidamente dentro da área do gol. A arbitragem simplesmente ignorou e mandou o jogo continuar. Após análise, a bola havia entrado 33 cm. A sequência do jogo foi desastrosa e a Inglaterra acabou perdendo por 4 a 1. Embora muitos torcedores creditem que estes lances polêmicos potencializam a paixão pelo futebol, algumas soluções estão sendo pesquisadas para obtenção de um resultado mais claro. Ainda em estágio de desenvolvimento, a inovação vem por conta de uma bola da empresa de tecnologia Agent, que acopla uma espécie de receptor de GPS (Sistema de Posicionamento Global) no seu interior. Os GPS usuais usam de 24 a 36 satélites artificiais que orbitam entorno da Terra enviando informações para os seus receptores em sinais de rádio-freqüência. A bola chamada de CTRUS é semi-transparente e muda de cor ao cruzar a linha do gol e as laterais do campo. Assim não haveria dúvida da posição exata da bola durante uma partida. Além disso, ela tem uma câmera interna para filmar imagens do seu ponto de vista, ou seja, de um referencial não-inercial.