quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O equilíbrio de Arthur Zanetti está associado a sua estatura



Arthur Zanetti, ganhador da primeira medalha de ouro da história da ginástica artística brasileira na Olimpíada de Londres, fez diferença ao realizar com perfeição movimentos que demandam enorme força nas argolas.

Ao lado de Sheilla do vôlei, eles venceram a votação pela internet de melhores atletas feminino e masculino do ano de 2012. Lado a lado na entrega do Premio Brasil Olímpico, no palco do Teatro Municipal do RJ, a diferença de altura de 29cm dela para ele chamava atenção. As brincadeiras foram inevitáveis; nada constrangido e muito a vontade do alto do seu reinado, ele esclareceu:
- É assim mesmo. No esporte dela você tem que ser alto e no meu, baixinho - disse Arthur.

Arthur sabe o que diz, para realizar uma série de movimentos da ginástica artística é melhor ser baixo. Este fato está diretamente associado a duas grandezas físicas: o centro de massa e o torque do corpo.

O centro de massa (CM) é um ponto fictício do corpo, onde se representa toda a massa daquele corpo. Este ponto varia conforme a geometria, densidade e heterogenicidade do corpo. O CM não necessariamente coincide com o centro geométrico do corpo, pode inclusive estar localizado fora do mesmo.

No caso do corpo humano, normalmente o centro de massa localiza-se na altura da cintura, logo acima do umbigo. Entretanto, para perfis como do Zanetti, tronco e braços extremamente fortes, o CM localiza-se um pouco mais acima da cintura. Portanto, para compensar a subida do CM e para que este ponto fique perto do solo, o atleta deve ser baixo, aumentando dessa forma o equilíbrio durante a execução de diversos movimentos de rotações e sustentação.

O torque é a grandeza física associada as alavancas, portanto, se o corpo tende a rodar entorno do CM, os “braços da alavanca” serão o tamanho das pernas de um lado e do outro o tronco. Então se estes forem pequenos, pouco balanço este corpo sofrerá. Assim o atleta de baixa estatura terá mais equilíbrio do que um alto.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A largada do nado de costas



No segundo dia de disputas do Mundial de Piscina Curta de Istambul, Guilherme Guido garantiu a primeira medalha do Brasil na competição. O nadador do Pinheiros faturou o bronze na final dos 100m costas, nesta quinta-feira, 13/12/12.



O nado de costas é o único estilo que o atleta larga de dentro da piscina. 
Observe a saída do Guilherme na foto anexada neste instante. O nadador dá um impulso com os braços e pernas de maneira a formar um arco com seu corpo e tirá-lo ao máximo d'água para ganhar um bom alcance. A primeira vista parece estranha esta técnica, porque ele já estando dentro d’água bastaria empurrar o corpo com as pernas e partir com suas fortes braçadas. Entretanto, o que ele bem sabe é que a força de arrasto d'água, ou seja, a resistência que esta faz em oposição ao seu movimento é bem maior do que a resistência do ar.   Assim, é preferível fazer este grande esforço na largada e ganhar tempo aí, do que poupar energia inicialmente para depois aproveitá-la nas braçadas para concluir o percusso de 100m!  
Valeu, Guilherme, esperamos vê-lo nas finais da Olimpíada aqui no Rio em 2016.


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Parecia trote, mas foi uma aula prática de Física

Mais uma vez realizamos a aula de corrida com a turma de calouros de licenciatura em Biologia 2012/2.
Aprender os conceitos de velocidade média e instantânea através de uma brincadeira é super divertido, tanto para alunos como para mim!  Outros estudantes que passavam por ali chegaram a perguntar se a professora estava dando "trote" nos alunos!
Depois com os dados da posição e intervalos de tempo obtidos pelos alunos, seguimos para a sala de aula, onde foram montados os gráficos das velocidades instantâneas de cada "corredor".

Espero que esta aula fique na memória destes futuros professores de Ciências, para que no futuro eles façam com seus estudantes nas escolas básica.